Origem dos Vampiros.
A origem da história do vampiro está vinculada às aldeias da
Europa Central, onde pessoas que viviam nesses vilarejos buscavam
explicações para diversas doenças que os afetavam. Eles acreditavam que
os vampiros eras seres que morriam e retornavam à Terra para levar
pessoas próximas. Os entes queridos voltavam dos túmulos e atacavam
cônjuges, familiares imediatos e conhecidos da aldeia. A morte é um dos
aspectos misteriosos da vida e em todas as culturas procura-se uma
explicação. Os sintomas de ataques de vampiros incluíam pesadelos,
aparições de mortos e a morte dos membros da familia com alguma doença (como a tuberculose). O vampiro aqui é um “produto do processo de luto” conforme cita o e simbolizava questões emocionais não resolvidas entre familiares.
Outro aspecto importante sobre o vampiro é que também foi uma forma de
controle social entre diversas comunidades para “servir como exemplo”
por meio daqueles que deixavam o limite dessas comunidades, infringiam
regras e/ou saiam do padrão religioso dessa comunidade. Pode-se explicar
que é como se o pai falasse para o filho: “- Está vendo? Fez isso e o
bicho papão pegou”. Nesse caso, o vampiro era o símbolo que os líderes
de determinadas comunidades usavam para controlá-la. Vale citar a Igreja
Católica que em séculos passados também acusavam pessoas de heresia e
mandavam para a fogueira quando esses saiam do seu controle. Essas
pessoas eram consideradas vampiros, bruxas, dentre outros.
Por meio de leituras sobre o vampiro, acrescento um aspecto particular
que observo em qualquer mito ou lenda de vampiro – a vitimização do ser
humano perante o vampiro. O ser humano, em geral, procura também criar
“personagens” que justifiquem seus problemas, sua incapacidade e seu
fracasso. Assim, chega o vampiro devastador e que destrói e por meio
desse jogo, o elemento humano é colocado acima de qualquer espécie. Na
atualidade, com os novos filmes e séries que estão em voga há uma
aproximação do vampiro com o ser humano. O ser humano é colocado como o
ideal para qualquer ser, ainda que esse ser seja um vampiro. Por outro
lado, há a preservação das características do vampiro na figura do
humano e esses aspectos (humano/vampiro) se confundem.
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