quarta-feira, 23 de outubro de 2013



Mitologia Afro-brasileira

 
Das centenas de divindades cultuadas pelos povos africanos que vieram para o Brasil, apenas uma quantidade bem reduzida recebe devoção nos terreiros, ao lado daquelas que nasceram aqui, brasileiras, sobretudo na umbanda. Deste vasto panteão, os orixás são os deuses mais populares. Alguns deles são mais conhecidos como Iemanjá, Ogum e Xangô, este último tão difundido que virou nome da religião em Pernambuco.

Acredita-se, no candomblé, que todos somos filhos de orixás. Os principais são o orixá da frente ( de quem se diz é filho) e o de "trás" (conhecido como "segundo santo" ou juntó). Daí o pai-de-santo tocar com a mão a testa e a nuca quando quer saudar estas entidades, respectivamente. Esses dois deuses formam um casal que protege seu filho como se fossem pai e mãe. Outros deuses complementares também compõem com estes principais o "enredo de santo" do filho, totalizando um número que não passa de sete na maioria dos terreiros. Eles são referidos como terceiro santo, quarto santo e assim sucessivamente. Finalmente, o erê, espírito infantil, fecha o panteão pessoal no candomblé.

Quando uma pessoa quer saber a que deus pertence, consulta o jogo de búzios, principal oráculo da religião. Esse jogo consiste no lançamento de 16 conchas (cauris) pelo pai-de-santo numa peneira. Conforme a posição em que caem (se com a face aberta ou fechada para cima), indicam um signo (odu) associado a um mito do qual um ou mais orixás são protagonistas. Dessa forma os deuses "respondem" a cada lance do jogo e podem inclusive identificar que são seus filhos. Acredita-se que em geral, as pessoas trazem as marcas de seu pertencimento ao orixá no se comportamento ou nas suas características físicas, que tendem a reproduzir aos dos deuses. Assim, pessoas magras e ágeis podem ser de Oxóssi; lentas e calmas, de Oxalá; fortes e vaidosas, de Xangô etc.

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