Muito pouco se conhece da mitologia armênia pré-cristianismo; a fonte mais antiga a este respeito são as lendas citadas na História da Armênia, de Moisés de Corene.
A mitologia armênia era muito influenciada pelo zoroastrianismo, com divindades como Aramazd, Mihr ou Anahit, bem como tradições assírias, como Barsamin, embora também existam indícios fragmentários de tradições nativas, como Hayk ou Vahagn e Astghik.
De acordo com o arqueólogo francês Jacques de Morgan,
alguns sinais indicariam que os armênios inicialmente veneravam
entidades da natureza, e que esta crença com o tempo foi se
transformando no culto a deuses nacionais, muitos dos quais tinham
equivalentes nas culturas romana, grega e persa.
O acadêmico dinamarquês Georg Brandes
descreveu os deuses armênios em sua obra: "quando a Armênia aceitou o
cristianismo, não foram apenas os templos que foram destruídos, mas
também as canções e poemas sobre os antigos deuses e heróis, que eram
cantados pelo povo. Existem apenas raros trechos destas canções e
poemas, trechos que testemunham uma grande riqueza espiritual e o poder
de criação deste povo, e que por si só são motivo suficiente para se
recriar os templos dos antigos deuses armênios. Estes deuses nem eram os
demônios celestiais asiáticos nem os delicados e preciosos deuses
gregos, mas sim algo que refletia as características do povo armênio que
vinham sendo polidas ao longo dos séculos, algo ambicioso, sábio e de
bom coração.
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