O monstro do lago Ness, também conhecido simplesmente como Nessie, é uma suposta criatura aquática que foi "vista" no Lago Ness, nas Terras Altas da Escócia. A sua existência, ou não, continua a suscitar debate entre os cépticos e os crentes, e é um dos mistérios da criptozoologia (estudo de espécies animais lendárias, mitológicas, hipotéticas ou avistadas por poucas pessoas).
Durante séculos houve mitos sobre o monstro que vive nas profundezas do
Lago Ness na Escócia. Aparições de Nessie datam de 1500 anos atrás.
Recentemente, algumas pessoas provaram a sua existência com fotografias,
mas muitas delas eram falsas.
O monstro de Loch Ness é descrito como uma espécie de serpente ou réptil marinho, semelhante ao plesiossauro (dinossauro da imagem a cima), um sauropterígeo pré-histórico. Uma das explicações para a existência desse monstro é que Nessie é realmente um dinossauro que escapou da extinção. Os cépticos argumentam com a impossibilidade de um único indivíduo sobreviver 63 milhões de anos e que esta hipótese implica a existência não de um monstro, mas de uma pequena comunidade.
Baseado
no tamanho do lago e na quantidade de alimento, George Zug, do
Smithsonian, calculou que o número de criaturas como Nessie poderia
variar de 10 a 20 animais se cada um pesarem cerca de 1500 quilos.
Cientistas dizem que um Plesiossauro nunca levantaria o pescoço acima
d'agua, como o monstro supostamente faz. Além disso, o plesiossauro era
adaptado ao calor, e não às temperaturas absurdamente baixas do Lago
Ness. Baseando-se nisso, um grupo de cientistas criaram uma teoria que
diz que o monstro é um dinossauro parente do plesiossauro, que além de
nunca ter sido documentado, possuía uma estrutura óssea diferente de seu
suposto primo e o corpo adaptado a condições climáticas diferentes, que
vivia no Oceano Ártico ou Atlântico.
Assim, um grupo dessas criaturas
entrou pelo Rio Ness (uma das únicas ligações do lago com o mar) e
depois de certo tempo o rio ficou muito raso, e as criaturas não puderam
sair, graças ao alimento farto de salmões, enguias e trutas as
criaturas se adaptaram à vida no lago. Então, "Nessie" provavelmente
seria da superordem Sauropterygia.
Outras
explicações para os registros visuais sugerem que as testemunhas tenham
confundido o monstro com os esturjões que abundam no lago e que, graças à
sua estranha aparência, possam ter causado confusão. Há ainda quem
relacione os registos visuais com libertação de gases da falha tectónica
que modela o lago, que podem chegar à superfície sobre a forma de
bolhas.
Em 1923, Alfred Cruickshank avistou uma
criatura com cerca de 3 metros de comprimento e dorso arqueado, mas o
registro visual que iniciou a popularidade de Nessie data de 2 de Maio
de 1933 e foi relatado pelo jornal local Inverness Courier numa
reportagem cheia de sensacionalismo. A notícia gerou sensação e um circo
chegou mesmo a oferecer vinte mil libras pela captura da criatura.
O primeiro registo escrito aparece na Vida de São Columbano escrita pelo próprio no século VI, onde Columbano descreve como salvou um picto das garras do monstro.
pós esta oferta seguiu-se uma onda de
registos visuais. Em 19 de Abril de 1934 foi tirada a mais famosa
fotografia do monstro, fotografado pelo cirurgião R.K. Wilson (imagem a cima). A fotografia circulou pela imprensa mundial como prova absoluta
da existência real do monstro. Décadas depois, em 1994, Marmaduke
Wetherell confessou ter falsificado a fotografia enquanto era repórter free lancer do Daily Mail
em busca de um furo jornalístico. Wetherell afirmou também que decidiu
usar o nome do Dr. Wilson como autor para conferir mais credibildade ao
documento.
Em
25 de maio de 2007, Gordon Holmes, um técnico de laboratório de 55 anos
de idade, filmou um vídeo que ele diz ser de uma "criatura preta, com
cerca de 45 pés de comprimento, movendo-se rapidamente na água". O vídeo
será estudado por biólogos. Diz-se que este vídeo está "entre as mais
brilhantes aparições do monstro já feitas". A BBC da Escócia
transmitiu-o em 29 de maio de 2007.
Em Julho de 2003, uma equipe da BBC realizou uma investigação exaustiva
no lago, com o fim de determinar de vez a existência ou não do monstro.
O lago foi percorrido de uma ponta à outra por mergulhadores e cerca de
600 sonares sem qualquer resultado. A BBC concluiu que o monstro não
existe mas nem isto desalentou os defensores de Nessie.
Grande
parte da dificuldade em encontrar ou provar a ausência da criatura é
devida à peculiaridade geológica do próprio lago. Ele tem forma
estreita, profunda e alongada, com cerca de trinta e sete quilómetros de
comprimento, 1,6 quilómetro de largura e uma profundidade máxima de 226
metros. A visibilidade da água é extremamente reduzida devido ao teor
de turfa dos solos circundantes, que é trazida para o lago através das
redes de drenagem. Pensa-se que o lago Ness tenha sido modelado pelas
geleiras da última era glacial.
No
dia 29 de Maio de 2003, o governo da Escócia declarou que o monstro não
existe e as ideias de que ele existe não passam de fruto da imaginação,
mas muitos ainda descordam dessa ideia e continuam dissendo que já
viram Nessie.
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