sábado, 10 de novembro de 2012

Nessie

  
Loch Ness é o lago mais profundo da Escócia: 226 metros, em média, da superfície até o fundo. 

Poucos seres misteriosos atraem tanto a atenção e despertam a imaginação das pessoas, em todo o mundo, quanto o escocês monstro de Loch Ness – ou, Nessie. Gerações já fizeram vigília às margens do lago na esperança de ver e registar algum sinal da criatura. Apesar dos empenhados esforços, fotografias desfocadas e confusas leituras de sonar são tudo o que a pesquisa sobre o monstro rendeu até hoje. A lenda, porém, continua viva. Por muitos anos, curiosos e especialistas têm especulado o que pode ter dado origem ao mito de Loch Ness. Explicações variadas são propostas: um monstro genuíno e centenário, senão milenar ou, segundo uma teoria ousada, visões de eventos passados retidos na “memória da água”.
   
Nessie é descrito como um semelhante do Plessiossauro, um réptil mezozóico, contemporâneo dos dinossauros do começo do período Jurássico até o fim do Cretáceo. Um Plessiossauro poderia chegar a 25 metros de altura e 150 toneladas de peso. Fósseis de Plessiossauro foram encontrados no Reino Unido. Fotos pouco nítidas de Loch Ness mostram uma silhueta de grandes dimensões com um longo pescoço. Mas se este ser existe e está lá, não se sabe como poderia ter escapado dos meios disponíveis de rastreamento.

O principal argumento contra a hipótese do sáurio é que, se assim fosse, não poderia existir somente um Nessie; mas vários, mantendo uma colónia ao longo das eras. Uma comunidade como essa jamais poderia passar desapercebida ou deixar qualquer dúvida sobre sua existência num habitat como o lago, com uma área de 56,4 km² e profundidade de 250 metros, segundo medições efectuadas em 1992.

 Por outro lado, existem mais de 3 mil registos de avistamentos de um animal não identificado no local. O relato mais antigo é a história de Santo Columbia (ou Colomba/521-597), que teria salvo um banhista das garras do monstro invocando o nome de Deus. Mito ou não, o facto é que diante de tantos testemunhos não se pode simplesmente descartar a possibilidade de existência de um mistério nas águas do lago Ness.

Ted Holiday, escritor e caçador de monstros que passou três anos investigando o monstro de Loch Ness no início do anos de 1960, elaborou algumas teorias alternativas para entender o fenómeno Nessie. Levantou a hipótese da criatura do lago ser um Tullimonstrum gregarium, conhecido como Tully Monster, cujo fóssil foi descoberto em 1958, em Ilinóis, Estados Unidos.

Holiday também foi um dos primeiros a admitir que Nessie pudesse ser uma criatura sobrenatural. O monstro poderia ser um tipo de “aparição demoníaca”, resultado da prática de “artes negras” ou, magia negra. Testemunhas que viram Nessie e outros monstros relatam uma sensação de horror diante do que viram.

A teoria do sobrenatural é reforçada pela histórica temporada em que o místico Aleister Crowley passou na mansão de Boleskine, localizada na margem sudeste do Lago Ness. Crowley, notório praticante de magia negra, morou no local entre 1899 e 1913 e ali realizou actividades ocultistas como evocação de seres interdimensionais. Entretanto, o facto é que a primeira aparição “oficial” de Nessie aconteceu em 22 de Julho de 1933, quando Crowley já tinha deixado o lugar.

O monstro de Loch Ness, a que os Escoceses chamam, carinhosamente, Nessie, é uma criatura mítica, que se pressupõe que viva no Lago Ness, um lago grande e profundo que fica perto de Inverness, na Escócia, e que constitui a maior extensão de água doce da Grã-Bretanha. Os relatos das observações do monstro são muito antigos, dado que São Columba, o monge irlandês que converteu a Escócia ao Cristianismo, no século VI, terá também convertido Nessie, que, na altura, era um monstro assassino. O biógrafo do monge irlandês, Santo Adamnan, escreveu, um século mais tarde, que um discípulo de São Columba nadava no lago quando foi surpreendido pelo monstro que emergiu, repentinamente, de boca aberta e com um grande rugido, o que deixou os observadores petrificados de terror.

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